Table of Contents
ROMANCES
RESSURREIÇÃO (1872)
A MÃO E A LUVA (1874)
HELENA (1876)
IAIÁ GARCIA (1878)
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS (1881)
CASA VELHA (1885)
QUINCAS BORBA (1891)
DOM CASMURRO (1899)
ESAÚ E JACÓ (1904)
MEMORIAL DE AIRES (1908)
CONTOS
CONTOS FLUMINENSES (1870)
Miss Dollar
Luís Soares
A mulher de preto
O segredo de Agusta
Confissões de uma viúva moça
Linha reta e linha curva
Frei Simão
HISTÓRIAS DA MEIA-NOITE (1873)
A parazita azul
As bodas de Luís Duarte
Ernesto de Tal
Aurora sem dia
O relógio de ouro
Ponto de vista
PAPÉIS AVULSOS (1882)
O alienista
Teoria do medalhão
A chinela turca
Na arca
D. Benedita
O segredo do Bonzo
O anel de Polícrates
O empréstimo
A sereníssima República
O espelho
Uma visita de Alcibíades
Verba testamentária
Notas do autor
HISTÓRIAS SEM DATA (1882)
A Igreja Do Diabo
O LAPSO
Último capítulo
Cantiga de esponsais
Singular ocorrência
Galeria póstuma
Capítulo dos chapéus
Conto alexandrino
Primas de Sapucaia!
Uma senhora
Anedota pecuniária
Fulano
A segunda via
Noite de almirante
Manuscrito de um sacristão
Ex cathedra
A senhora do Galvão
As academias de Sião
VÁRIAS HISTÓRIAS (1896)
A cartomante
Entre santos
Uns braços
Um homem célebre
A desejada das gentes
A causa secreta
Trio em lá menor
Adão e Eva
O enfermeiro
O diplomático
Mariana
Conto de escola
Um apólogo
D. Paula
Viver!
O cônego ou metafísica do estilo
PÁGINAS RECOLHIDAS (1899)
O caso da vara
O dicionário
Um erradio
Eterno!
Missa do galo
Idéias do canário
Lágrimas de Xerxes
Papéis velhos
RELÍQUIAS DE CASA VELHA (1906)
Pai contra mãe
Maria Cora
Marcha fúnebre
Um capitão de voluntários
Suje-se gordo!
Umas férias
Evolução
Pílades e Orestes
Anedota do cabriolet
CONTOS AVULSOS
Três tesouros perdidos
Bagatela
O país das quimeras
Virginius
Casada e viúva
O anjo das donzelas
Questão de vaidade
Cinco mulheres
Uma excursão milagrosa
Diana
Felicidade pelo casamento
Fernando e Fernanda
O oráculo
O pai
A pianista
O que são as moças
Francisca
História de uma lágrima
Onda
Possível e impossível
O último dia de um poeta
O carro nº 13
Não é mel para boca de asno
O anjo Rafael
O capitão Mendonça
O rei dos caiporas
A vida eterna
Almas agradecidas
Ayres e Vergueiro
O caminho de Damasco
Mariana
Uma águia sem asas
Uma loureira
Qual dos dois
Quem não quer ser lobo…
Rui de Leão
Decadência de dois grandes homens
Um homem superior
Nem uma nem outra
Quem conta um conto…
Tempo de crise
Miloca
Um dia de entrudo
Muitos Anos Depois
Os óculos de Pedro Antão
Valério
Antes que cases…
Brincar com fogo
A Mágoa do infeliz Cosme
Onze anos depois
A última receita
Um esqueleto
O sainete
Casa, não casa
Longe dos Olhos
O Astrólogo
D. Mônica
Encher tempo
O Passado, o passado
Sem olhos
To be or not to be
História de uma fita azul
Um almoço
Um ambicioso
A melhor das noivas
Silvestre
Antes da missa
O califa de platina
Um cão de lata ao rabo
Conversão de um avaro
Dívida extinta
Elogio da vaidade
Filosofia de um par de botas
A Herança
O machete
Folha rota
Um para o outro
A chave
O Caso da Viúva
A mulher pálida
O imortal
Letra vencida
O programa
A idéia do Ezequiel Maia
Médico é remédio
História comum
O destinado
Troca de datas
Questões de maridos
Três conseqüências
Vidros quebrados
Cantiga velha
Metafísica das rosas
Trina e una
O contrato
A carteira
O melhor remédio
Entre duas datas
Vinte Anos! Vinte Anos!
O Caso do Romualdo
Uma Carta
Só
Habilidoso
Viagem à roda de mim mesmo
Curta história
Um dístico
Astúcias de marido
Pobre Cardeal!
Terpsícore
Antes a rocha Tarpéia
Identidade
Sales
D. Jucunda
Como se inventaram os almanaques
Pobre Finoca!
O caso Barreto
Uma partida
Um sonho e outro sonho
Um quarto de século
Vênus! Divina Vênus!
A inglesinha Barcelos
João Fernandes
Uma noite
Orai por ele!
Um incêndio
Uma por outra
Flor anônima
Jogo do bicho
O escrivão Coimbra
Fonte: Portal Machado de Assis, do Ministério da Educação. Disponível em http://machado.mec.gov.br. Acesso em janeiro de
2012.
Textos publicados originalmente entre os anos de 1870 e 1908.
Editoração eletrônica: Brasil ePub http://www.brasilepub.com.br . Este arquivo pode ser livremente distribuído, desde que citada a
fonte da editoração eletrônica. Email: [email protected]
Machado de Assis nascera no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, e faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de
1908.
Esta obra encontra-se, no Brasil, em domínio público, conforme art. 41 da Lei federal n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
SUMÁRIO
ROMANCES
RESSURREIÇÃO (1872)
A MÃO E A LUVA (1874)
HELENA (1876)
IAIÁ GARCIA (1878)
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS (1881)
CASA VELHA (1885)
QUINCAS BORBA (1891)
DOM CASMURRO (1899)
ESAÚ E JACÓ (1904)
MEMORIAL DE AIRES (1908)
CONTOS
CONTOS FLUMINENSES (1870)
Miss Dollar
Luís Soares
A mulher de preto
O segredo de Agusta
Confissões de uma viúva moça
Linha reta e linha curva
Frei Simão
HISTÓRIAS DA MEIA-NOITE (1873)
A parazita azul
As bodas de Luís Duarte
Ernesto de Tal
Aurora sem dia
O relógio de ouro
Ponto de vista
PAPÉIS AVULSOS (1882)
O alienista
Teoria do medalhão
A chinela turca
Na arca
D. Benedita
O segredo do Bonzo
O anel de Polícrates
O empréstimo
A sereníssima República
O espelho
Uma visita de Alcibíades
Verba testamentária
Notas do autor
HISTÓRIAS SEM DATA (1882)
A Igreja Do Diabo
O LAPSO
Último capítulo
Cantiga de esponsais
Singular ocorrência
Galeria póstuma
Capítulo dos chapéus
Conto alexandrino
Primas de Sapucaia!
Uma senhora
Anedota pecuniária
Fulano
A segunda via
Noite de almirante
Manuscrito de um sacristão
Ex cathedra
A senhora do Galvão
As academias de Sião
VÁRIAS HISTÓRIAS (1896)
A cartomante
Entre santos
Uns braços
Um homem célebre
A desejada das gentes
A causa secreta
Trio em lá menor
Adão e Eva
O enfermeiro
O diplomático
Mariana
Conto de escola
Um apólogo
D. Paula
Viver!
O cônego ou metafísica do estilo
PÁGINAS RECOLHIDAS (1899)
O caso da vara
O dicionário
Um erradio
Eterno!
Missa do galo
Idéias do canário
Lágrimas de Xerxes
Papéis velhos
RELÍQUIAS DE CASA VELHA (1906)
Pai contra mãe
Maria Cora
Marcha fúnebre
Um capitão de voluntários
Suje-se gordo!
Umas férias
Evolução
Pílades e Orestes
Anedota do cabriolet
CONTOS AVULSOS
Três tesouros perdidos
Bagatela
O país das quimeras
Virginius
Casada e viúva
O anjo das donzelas
Questão de vaidade
Cinco mulheres
Uma excursão milagrosa
Diana
Felicidade pelo casamento
Fernando e Fernanda
O oráculo
O pai
A pianista
O que são as moças
Francisca
História de uma lágrima
Onda
Possível e impossível
O último dia de um poeta
O carro nº 13
Não é mel para boca de asno
O anjo Rafael
O capitão Mendonça
O rei dos caiporas
A vida eterna
Almas agradecidas
Ayres e Vergueiro
O caminho de Damasco
Mariana
Uma águia sem asas
Uma loureira
Qual dos dois
Quem não quer ser lobo…
Rui de Leão
Decadência de dois grandes homens
Um homem superior
Nem uma nem outra
Quem conta um conto…
Tempo de crise
Miloca
Um dia de entrudo
Muitos Anos Depois
Os óculos de Pedro Antão
Valério
Antes que cases…
Brincar com fogo
A Mágoa do infeliz Cosme
Onze anos depois
A última receita
Um esqueleto
O sainete
Casa, não casa
Longe dos Olhos
O Astrólogo
D. Mônica
Encher tempo
O Passado, o passado
Sem olhos
To be or not to be
História de uma fita azul
Um almoço
Um ambicioso
A melhor das noivas
Silvestre
Antes da missa
O califa de platina
Um cão de lata ao rabo
Conversão de um avaro
Dívida extinta
Elogio da vaidade
Filosofia de um par de botas
A Herança
O machete
Folha rota
Um para o outro
A chave
O Caso da Viúva
A mulher pálida
O imortal
Letra vencida
O programa
A idéia do Ezequiel Maia
Médico é remédio
História comum
O destinado
Troca de datas
Questões de maridos
Três conseqüências
Vidros quebrados
Cantiga velha
Metafísica das rosas
Trina e una
O contrato
A carteira
O melhor remédio
Entre duas datas
Vinte Anos! Vinte Anos!
O Caso do Romualdo
Uma Carta
Só
Habilidoso
Viagem à roda de mim mesmo
Curta história
Um dístico
Astúcias de marido
Pobre Cardeal!
Terpsícore
Antes a rocha Tarpéia
Identidade
Sales
D. Jucunda
Como se inventaram os almanaques
Pobre Finoca!
O caso Barreto
Uma partida
Um sonho e outro sonho
Um quarto de século
Vênus! Divina Vênus!
A inglesinha Barcelos
João Fernandes
Uma noite
Orai por ele!
Um incêndio
Uma por outra
Flor anônima
Jogo do bicho
O escrivão Coimbra
ROMANCES
RESSURREIÇÃO (1872)
——————————————————————————–
Texto-fonte:
Obra Completa, Machado de Assis,
Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994.
Publicado originalmente pela Editora Garnier, Rio de Janeiro, 1872.
ADVERTÊNCIA DA NOVA EDIÇÃO
Este foi o meu primeiro romance, escrito aí vão muitos anos. Dado em nova edição, não lhe altero a composição nem o
estilo, apenas troco dois ou três vocábulos, e faço tais ou quais correções de ortografia. Como outros que vieram depois, e
alguns contos e novelas de então, pertence à primeira fase da minha vida literária.
M. DE A.
1905.
ADVERTÊNCIA DA PRIMEIRA EDIÇÃO
Não sei o que deva pensar deste livro; ignoro sobretudo o que pensará dele o leitor. A benevolência com que foi recebido
um volume de contos e novelas, que há dois anos publiquei, me animou a escrevê-lo. É um ensaio. Vai despretensiosamente às
mãos da crítica e do público, que o tratarão com a justiça que merecer.
A crítica desconfia sempre da modéstia dos prólogos, e tem razão. Geralmente são arrebiques de dama elegante, que se vê
ou se crê bonita, e quer assim realçar as graças naturais. Eu fujo e benzo-me três vezes quando encaro alguns desses prefácios
contritos e singelos, que trazem os olhos no pó da sua humildade, e o coração nos píncaros da sua ambição. Quem só lhes vê
os olhos, e lhes diz verdade que amargue, arrisca-se a descair no conceito do autor, sem embargo da humildade que ele mesmo
confessou, e da justiça que pediu.
Ora pois, eu atrevo-me a dizer à boa e sisuda crítica, que este prólogo não se parece com esses prólogos. Venho apresentar-
lhe um ensaio em gênero novo para mim, e desejo saber se alguma qualidade me chama para ele, ou se todas me faltam, — em
cujo caso, como em outro campo já tenho trabalhado com alguma aprovação, a ele volverei cuidados e esforços. O que eu
peço à crítica vem a ser — intenção benévola, mas expressão franca e justa. Aplausos, quando os não fundamenta o mérito,
afagam certamente o espírito e dão algum verniz de celebridade; mas quem tem vontade de aprender e quer fazer alguma coisa,
prefere a lição que melhora ao ruído que lisonjeia.
No extremo verdor dos anos presumimos muito de nós, e nada, ou quase nada, nos parece escabroso ou impossível. Mas o
tempo, que é bom mestre, vem diminuir tamanha confiança, deixando-nos apenas a que é indispensável a todo o homem, e
dissipando a outra, a confiança pérfida e cega. Com o tempo, adquire a reflexão o seu império, e eu incluo no tempo a
condição do estudo, sem o qual o espírito fica em perpétua infância.
Dá-se então o contrário do que era dantes. Quanto mais versamos os modelos, penetramos as leis do gosto e da arte,
compreendemos a extensão da responsabilidade, tanto mais se nos acanham as mãos e o espírito, posto que isso mesmo nos
esperte a ambição, não já presunçosa, senão refletida. Esta não é talvez a lei dos gênios, a quem a natureza deu o poder quase
inconsciente das supremas audácias; mas é, penso eu, a lei das aptidões médias, a regra geral das inteligências mínimas.
Eu cheguei já a esse tempo. Grato às afáveis palavras com que juízes benévolos me têm animado, nem por isso deixo de
hesitar, e muito. Cada dia que passa me faz conhecer melhor o agro destas tarefas literárias, — nobres e consoladoras, é certo,
— mas difíceis quando as perfaz a consciência.
Minha idéia ao escrever este…