Livro de ciências 8 ano manual do professor

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MANUAL DO PROFESSOR
Eduardo Leite do Canto
Laura Celloto Canto Leite
Luiza Celloto Canto
Componente curricular:
CIÊNCIAS
8
ºano
APRENDENDO
COM O COTIDIANO
CIÊNCIAS
NATURAIS
0018 P24 01 00 207 030
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO. VERSÃO SUBMETIDA À AVALIAÇÃO.
Código da coleção:
PNLD 2024 – Objeto 1

8
a
 edição
São Paulo, 2022
Eduardo Leite do Canto
Licenciado em Química pela Universidade Estadual de Campinas (SP). 
Doutor em Ciências pelo Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (SP). 
Autor de livros didáticos e paradidáticos. Professor.
Laura Celloto Canto Leite
Bacharela em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (SP). 
Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (SP). 
Autora de livros didáticos. Professora. 
Luiza Celloto Canto
Licenciada em Física pela Universidade Estadual de Campinas (SP). 
Autora de livros didáticos. Professora. 
Componente curricular: CIÊNCIAS
MANUAL DO PROFESSOR
APRENDENDO
COM O COTIDIANO
CIÊNCIAS
NATURAIS
8
ºano

1 3 5 7 9 10 8 6 4  2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho
São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904
Atendimento: Tel. (11) 3240-6966
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2022
Impresso no Brasil
   
    
     
  
     
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Coordenação geral: Maria do Carmo Fernandes Branco
Edição executiva:  Glaucia Teixeira
Edição de texto: Juliana Albuquerque, Juliana Rodrigues de Queiroz,  
Katia Paulilo Mantovani
Assessoria técnico-pedagógica: Flavia Ferrari, Katia Paulilo Mantovani
Preparação de texto:  Leandra Trindade
Gerência de design e produção gráfca: Patricia Costa 
Coordenação de produção:  Denis Torquato
Gerência de planejamento editorial: Maria de Lourdes Rodrigues
Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite
Projeto gráfco: Tatiane  Porusselli
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Foto: Folha jovem de samambaia. 
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Editoração eletrônica: Setup Bureau Editoração Eletrônica
Edição de infografa: Luiz Iria, Priscilla Boffo, Giselle Hirata
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Pré-impressão: Alexandre Petreca, Fabio Roldan, José Wagner Lima Braga, 
Marcio H. Kamoto, Selma Brisolla de Campos
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:
A foto da capa mostra uma folha jovem de samambaia. 
As samambaias pertencem ao grupo das plantas, 
seres vivos que desempenham papel essencial 
nos ecossistemas. A preservação das plantas e de 
outras formas de vida, sobretudo diante das ameaças 
decorrentes da interferência humana nos ambientes, 
é um importante tema de interesse das Ciências da 
Natureza. A área do estudo científico das plantas, a 
Botânica, é um dos assuntos deste volume do 8
o
 ano.

AOS COLEGAS PROFESSORES
Esta coleção, fruto de muitos anos de estudo, de trabalho e de pes-
quisa, destina-se ao segmento do 6
o
 ao 9
o
 ano. Ela pretende auxiliar o 
estudante a compreender conceitos, aprimorar o letramento científico e 
desenvolver competências desejáveis a qualquer cidadão.
A obra também pretende oferecer a professores e estudantes infor-
mações atualizadas e conceitualmente corretas, em uma estrutura que 
atenda às necessidades de quem adota o livro didático ou nele estuda.
Nesta coleção, há a constante preocupação em primar pela lingua-
gem correta e acessível, mantendo sempre o necessário rigor conceitual. 
Grande esforço foi realizado na busca de dados corretos e atuais, a fim de 
que as convenções científicas em vigor sejam sempre seguidas na obra. 
Empenhamo-nos da maneira mais intensa e comprometida possível 
no sentido de atender às orientações da Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), tanto em suas disposições gerais quanto nas específicas da área 
de Ciências da Natureza.
O Manual do professor traz, em sua primeira parte, considerações 
gerais sobre a coleção. É feita a apresentação da obra (estrutura, objetos 
didáticos-pedagógicos e considerações sobre a avaliação) e de subsídios 
para que o docente possa fazer o planejamento escolar mais adequado 
à sua realidade local. 
A segunda parte apresenta considerações específicas acerca deste 
volume, fornece textos de aprofundamento para os docentes e relacio-
na sugestões comentadas de leitura complementar para estudantes e 
professores.
A terceira parte consiste na reprodução do livro do estudante acres-
cida de orientações – que procuram ser claras e precisas – destinadas 
aos docentes.
Agradecemos aos professores que nos têm honrado com o uso desta 
obra em suas edições anteriores e, com muita satisfação, apresentamos 
a todos esta nova edição, que traz consigo nosso sincero desejo de que 
possa contribuir para o ensino e o aprendizado de Ciências da Natureza 
em nosso país. 
Os autores
III

Considerações gerais sobre a coleção
Apresentação da obra  ……………………………………………………………………. V
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
 ……………………………. VII
Abordagem teórico-metodológica das seções e  
sua relação com a BNCC 
 ……………………………………………………………….. IX
Subsídios para ordenações do conteúdo 
 ……………………………… XVII
Sugestão de cronograma –  
Unidades e capítulos – 6
o
 ano e 7
o
 ano  ……………………………….. XVIII
Sugestão de cronograma –  
Unidades e capítulos – 8
o
 ano e 9
o
 ano  ………………………………….. XIX
Algumas terminologias usadas nesta  
obra para referência aos conteúdos 
 ………………………………………… XX
Considerações sobre a avaliação 
 ……………………………………………… XXI
Diferentes perfis de aprendizagem 
 ………………………………………. XXIV
Elementos para a reflexão sobre a prática docente 
 ……….. XXVIII
Práticas didático-pedagógicas alinhadas ao  
papel de professor mediador 
 ………………………………………………….. XXX
Algumas considerações sobre inferir, propor  
e argumentar 
 …………………………………………………………………………… XXXIV
Visitas guiadas 
 ……………………………………………………………………….. XXXVIII
Textos para reflexão sobre a prática docente 
 ……………………….. XLI
Considerações sobre este volume (8
o
ano)
Abordagem teórico-metodológica no  
desenvolvimento de habilidades e competências 
 …………….. LXII
BNCC – Competências gerais – 8
o
 ano  …………………………………. LXVI
BNCC – Competências específicas – 8
o
 ano  ………………………. LXVII
BNCC – Habilidades de Ciências – 8
o
 ano ………………………….. LXVIII
Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) na BNCC 
 ……. LXIX
Propostas de avaliação 
………………………………………………………………. LXX
Aprofundamento ao professor 
 ………………………………………………….. CX
Sugestão de leitura complementar  
para estudantes 
 …………………………………………………………………………. CXXI
Sugestão de leitura complementar  
para professores 
 ……………………………………………………………………….. CXXII
Referencial bibliográfico comentado 
 ………………………………… CXXVI
Reprodução comentada do livro
do estudante (8
o
ano)
Unidade A
Capítulo 1   Alimentos e nutrientes  ………………………………………….. 12
Capítulo 2   Sistema digestório 
 ………………………………………………….. 26
Capítulo 3   Sistemas circulatório, linfático e urinário 
 ………….. 42
Unidade B
Capítulo 4   Sistema respiratório  ……………………………………………….. 69
Capítulo 5   Reprodução sexuada e reprodução  
assexuada em animais 
 …………………………………………… 89
Capítulo 6   Reprodução sexuada e reprodução  
assexuada em plantas 
 …………………………………………. 102
Unidade C
Capítulo 7   Adolescência, puberdade e  
sistema endócrino 
 ……………………………………………….. 131
Capítulo 8   Reprodução humana 
 …………………………………………… 151
Capítulo 9   Sexo, saúde e sociedade 
 …………………………………….. 163
Unidade D
Capítulo 10   Previsão do tempo   …………………………………………….. 175
Capítulo 11   Lua e constelações 
 …………………………………………….. 199
Capítulo 12   Produção e uso de energia elétrica 
 ……………….. 213
Suplemento de projetos  ………………………………………………………236
Referencial bibliográfico comentado  …………………………….249
SUMÁRIO
IV

Apresentação da obra
Prezado professor,
Esta coleção destina-se ao ensino de Ciências da Na-
tureza do 6
o
 ao 9
o
 ano.
Entre os pressupostos envolvidos em sua elaboração, 
destacam-se os seguintes:
•O ensino de Ciências da Natureza na escola fundamental 
deve contribuir para o aprendizado de conteúdos neces-
sários à vida em sociedade e para o desenvolvimento 
das capacidades do estudante. Não há por que incluir 
na prática docente temas que não tenham significação 
imediata para o estudante, sob o argumento de que 
poderão vir a ser úteis no futuro, em outras etapas da 
escolarização.
•Os conteúdos escolares ganham força e sentido se o 
estudante os aprende de forma significativa, relacio-
nando-os com seus saberes prévios. A relação entre 
o conhecimento escolar e os demais conhecimentos 
é indispensável, e a aprendizagem de conteúdos só é 
significativa se o estudante souber relacioná-los com 
seus conhecimentos prévios, sejam eles constituídos 
por ideias cientificamente corretas ou não. 
•Aprender conteúdos científicos ajuda o estudante a 
compreender melhor o mundo em que vive e a interagir 
melhor com ele.
•O aprendizado de conteúdos ocorre se forem apre-
sentados ao estudante desafios que estejam além do 
que ele pode ou sabe efetivamente naquele momento, 
mas que ele seja capaz de vencer se for corretamente 
estimulado.
•Os conhecimentos científicos contribuem para o pleno 
exercício da cidadania.
•O estudante deve ser incentivado a exercer e a desen-
volver suas capacidades de criação e de crítica.
•O estudante deve ser incentivado a produzir e a utilizar 
variadas linguagens para expressar o conhecimento 
científico que adquire. Isso pode ser feito por meio 
de atividades como colagens, encenações, debates, 
simulações de comerciais para rádio e tevê, elaboração 
de blogs, produção de textos, desenhos e cartazes.
•A realidade local da comunidade em que o estudante vive 
deve ser respeitada e valorizada como precioso elemento 
envolvido na aprendizagem.
•Existem muitas maneiras diferentes de relacionar o 
que se aprendeu. Uma delas é por meio de mapas con-
ceituais. Há diversos mapas conceituais possíveis que 
envolvam determinado conjunto de ideias.
•Outras fontes de informação são importantes, além 
do livro didático. Internet e biblio tecas são exemplos 
de fontes de informações que os estudantes devem 
aprender a consultar.
•Temas Contemporâneos Transversais (TCTs), pela urgên-
cia social que lhes é própria, devem permear o ensino 
de Ciências da Natureza.
•O trabalho de planejamento, produção e execução da 
prática educativa é um atributo do professor, e um livro 
didático deve fornecer a ele informações relevantes, a 
fim de contribuir para o planejamento pedagógico e a 
prática docente.
•Os diferentes tipos de conteúdos escolares – concei-
tuais, procedimentais e atitudinais 
–, cada um com suas 
características particulares, merecem atenção especí-
fica no planejamento do curso. (Veja a seção Algumas
terminologias usadas nesta obra para referência aos
conteúdos, mais à frente, neste Manual do professor.)
O livro do estudante
Em cada um dos anos, os capítulos do livro do estu-
dante estão agrupados em quatro unidades, cada uma 
com três capítulos. A estrutura dos capítulos se mantém 
ao longo dos quatro volumes. 
Cada um deles começa com uma fotografia e com a 
seção Motivação. Trata-se de um momento em que o pro –
fessor pode explorar concepções prévias dos estudantes 
para utilizá-Ias no ensino (veja mais à frente, neste Manual 
do professor, considerações sobre “avaliação prévia”). 
Os assuntos são tratados, em seguida, na seção De –
senvolvimento do tema.
Atividades de diferentes tipos são propostas ao longo 
dos capítulos, não apenas no seu final. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A COLEÇÃO
V

Os quadros intercalados ao conteúdo – por exemplo 
Reflita sobre suas atitudes, Trabalho em equipe, Tema para
pesquisa, Certifique-se de ter lido direito, Para fazer no seu
caderno e Para discussão em grupo – permitem trabalhar 
conteúdos procedimentais e atitudinais relacionados 
aos conteúdos conceituais que estão sendo abordados.
A seção Organização de ideias apresenta um dos pos-
síveis mapas envolvendo conceitos tratados no capítulo. 
Existem diferentes mapas conceituais possíveis para um 
conjunto de conteúdos escolares e você pode ensinar os 
estudantes a construí-los por meio de um procedimento 
explicado mais à frente, neste Manual do professor, no 
quadro Como ajudar os estudantes a construir um mapa
conceitual. 
Em Use o que aprendeu são propostas situações em que 
os estudantes podem aplicar e verificar seus conhecimen-
tos sobre os temas estudados.
A seção Explore diferentes linguagens apresenta ativi-
dades em que diferentes formas de expressão (cartazes, 
encenações, desenhos, ditados populares, piadas, textos 
técnicos, poemas, trechos de entrevistas, textos de inter-
net, esquematizações, tabelas, gráficos, slogans, tirinhas e 
charges) podem ser interpretadas e/ou elaboradas pelos 
estudantes.
Os capítulos contêm ainda as seções Amplie o vo –
cabulário! e Seu aprendizado não termina aqui, que são 
comentadas a seguir, neste Manual do professor. 
No encerramento de cada unidade, aparece a seção 
Isso vai para o nosso blog!, que também será comentada 
adiante, neste Manual do professor. 
O Suplemento de projetos, ao final do livro do estudante, 
contém propostas de atividades em grupos, cuja reali-
zação, a critério do professor, permite um trabalho mais 
aprofundado de alguns conteúdos estudados no livro.
O material destinado aos professores
O Manual do professor divide-se em três partes.  
A primeira delas, Considerações gerais sobre a coleção, 
inclui a apresentação da obra, que é comum aos quatro 
volumes, e oferece orientações e subsídios para que o 
professor possa realizar o planejamento mais adequado 
à sua realidade local. Essa parte contém considerações 
sobre: terminologias empregadas na obra, importância 
da avaliação e sua implementação, diferentes perfis de 
aprendizagem, elementos para a reflexão sobre a prática 
docente e orientações para a realização de visitas guiadas 
e estudos do meio. Também inclui textos de apoio sobre 
temas que requerem atenção dos educadores, como 
bullying, automutilação, cultura de paz, protagonismo da 
mulher, etnociência, entre outros.
A segunda parte, Considerações sobre este volume, 
apresenta quadros com as competências gerais, as com-
petências específicas e as  habilidades da BNCC para 
Ciências da Natureza destinadas ao ano específico a 
que se destina este volume. Todas elas são contempladas 
neste volume, nos locais indicados nos quadros. Essa se-
gunda parte também contém os Temas Contemporâneos 
Transversais contemplados, uma sugestão de cronograma 
bimestral, propostas de avaliação, textos complementares 
dirigidos aos professores (a título de aprofundamento) e 
sugestões bibliográficas para estudantes e docentes.
A terceira parte do Manual do professor constitui-se 
da reprodução do livro do estudante, acompanhada de 
textos destinados ao docente.  Esses textos relacionam e 
comentam os conteúdos indicados para cada capítulo, 
indicam eventuais situações problemáticas inerentes ao 
desenvolvimento do tema e como podem ser contorna-
das, apresentam sugestões adicionais de atividades e 
fornecem as respostas de atividades do livro e comentá-
rios sobre elas.
Essa terceira parte contém também comentários 
específicos sobre a BNCC – que aparecem sob o título 
De olho na BNCC! –, orientações claras e precisas que 
contribuem para o desenvolvimento das competên-
cias gerais, das competências específicas e das habi-
lidades de Ciências da Natureza, bem como indicações 
que sinalizam os momentos propícios à realização de 
atividades (por exemplo, pesquisas, projetos, atividades 
relacionadas ao vocabulário científico e uso guiado da 
tecnologia) e as oportunidades de dialogar com outras 
áreas de conhecimento. 
VI

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), o ensino de Ciências da Natureza é considera-
do imprescindível para que os estudantes tenham uma
formação que possibilite o pleno exercício da cidadania.
O documento enfatiza a necessidade da formação
integral dos estudantes e a relevância dos conhecimen-
tos científicos nesse processo, ao afirmar que, para “de-
bater e tomar posição sobre alimentos, medicamentos,
combustíveis, transportes, comunicações, contracepção,
saneamento e manutenção da vida na Terra, entre muitos
outros temas, são imprescindíveis tanto conhecimentos
éticos, políticos e culturais quanto científicos. Isso por si
só já justifica, na educação formal, a presença da área de
Ciências da Natureza, e de seu compromisso com a forma-
ção integral dos alunos” (BNCC, 2018, p. 321).
Para que o ensino de Ciências não seja um apanha-
do de informações desprovidas de significado para os
estudantes, a BNCC dá atenção especial ao letramento
científico.
Mais do que aprender conceitos, os estudantes pre-
cisam ser capacitados a compreender e a interpretar o
mundo, bem como a poder interferir nele de forma cons-
ciente, sabendo que suas ações têm consequências na
vida individual e coletiva e sendo capazes de avaliar tais
consequências.
De acordo com a BNCC, os estudantes devem ser
“progressivamente estimulados e apoiados no pla-
nejamento e na realização cooperativa de atividades
investigativas” (BNCC, 2018, p. 322). Nesse sentido, é
essencial motivar os estudantes a ser questionadores e
divulgadores dos conhecimentos científicos, de modo
que se construa um caminho que os leve a exercer ple-
namente sua cidadania.
No desenvolvimento das aprendizagens essenciais
propostas pela BNCC, é relevante que os estudantes re-
conheçam a Ciência como construção humana, histórica
e cultural.
Entre as mudanças curriculares trazidas pela BNCC
em Ciências da Natureza está a distribuição, ao longo
da Educação Básica, de conhecimentos das diferentes
áreas científicas, tais como a Física, a Química, a Biologia,
a Astronomia e a Geologia.
A formalização de conhecimentos de Física e Química,
outrora concentrada no 9
o
ano em livros didáticos, passa
a ser distribuída ao longo de todo o Ensino Fundamen-
tal, estando agora em progressão gradual e contínua,
instrumentalizando os estudantes para uma visão mais
integrada da Ciência.
O mesmo acontece com temas relacionados ao meio
ambiente e ao corpo humano, fornecendo bases científicas
para os estudantes desenvolverem a atenção e o cuidado
com a saúde individual, coletiva e ambiental.
Nos anos finais do Ensino Fundamental (6
o
a 9
o
anos),
os estudantes devem, utilizando as competências cientí-
ficas desenvolvidas e demonstrando a aquisição de uma
visão mais crítica e sistêmica do mundo, ser capazes de
avaliar e intervir, assumindo protagonismo na escolha de
posicionamentos e formas de atuação.
A BNCC estabelece dez competências gerais do En-
sino Fundamental e oito competências específicas da
área de Ciências da Natureza. Esses dois conjuntos de
competências estão transcritos integralmente a seguir.
A BNCC também estabelece habilidades de Ciências para
cada ano. Elas serão apresentadas e vinculadas a este
volume, mais à frente.
Competências gerais da BNCC
“1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à aborda-
gem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclu-
sive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas
e culturais, das locais às mundiais, e também partici-
par de práticas diversificadas da produção artístico-
-cultural.
VII

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-
-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimen-
tos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de in-
formação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver proble-
mas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências cultu-
rais e apropriar-se de conhecimentos e experiências
que lhe possibilitem entender as relações próprias
do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e respon-
sabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência so-
cioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético
em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
emocional, compreendendo-se na diversidade humana
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo
o respeito ao outro e aos direitos humanos, com aco-
lhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas
e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, respon-
sabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, de-
mocráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.” (BNCC,
2018, p. 9-10.)
Competências específicas da área de
Ciências da Natureza na BNCC
“1. Compreender as Ciências da Natureza como empreen-
dimento humano, e o conhecimento científico como
provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas ex-
plicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar
processos, práticas e procedimentos da investigação cien-
tífica, de modo a sentir segurança no debate de questões
científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do
trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a cons-
trução de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, fenô-
menos e processos relativos ao mundo natural, social
e tecnológico (incluindo o digital), como também as
relações que se estabelecem entre eles, exercitando
a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas
e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambien-
tais e culturais da ciência e de suas tecnologias para pro-
por alternativas aos desafios do mundo contemporâneo,
incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências
e informações confiáveis e negociar e defender ideias e
pontos de vista que promovam a consciência socioam-
biental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo
e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de
informação e comunicação para se comunicar, acessar
e disseminar informações, produzir conhecimentos e
resolver problemas das Ciências da Natureza de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
-estar, compreendendo-se na diversidade humana,
fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorren-
do aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às
suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza
para tomar decisões frente a questões científico-tecnoló-
gicas e socioambientais e a respeito da saúde individual
e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos,
sustentáveis e solidários.” (BNCC, 2018, p. 324.)
VIII

Abordagem teórico-metodológica das seções e
sua relação com a BNCC
Motivação
Após a foto de abertura, todos os capítulos contêm a seção Motivação , que contribui 
para a problematização inicial por meio de experimentos, textos de outros livros ou 
da internet, situações cotidianas etc. Há capítulos em que essa seção também permite 
desenvolver conteúdos de natureza procedimental. Você pode aproveitar essa seção, 
bem como a foto de abertura, para realizar a avaliação prévia (avaliação diagnóstica) 
dos saberes que os estudantes trazem de sua vivência pregressa. 
A seção possibilita desenvolver: a competência geral 2, ao incluir textos que 
exercitam a curiosidade intelectual e recorrem à abordagem própria das ciências, 
ou ao propor atividades práticas que estimulam a reflexão e a análise crítica, para 
investigar causas, elaborar e testar hipóteses; e a competência geral 7, quando 
envolve atividades que requerem argumentar com base em fatos, dados e infor-
mações confiáveis, para formular ideias.
Os textos e as atividades práticas que abrem um novo assunto, por meio dessa 
seção, também tornam propício desenvolver: a competência específicaM1, condu-
zindo os estudantes a compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, 
e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico; a competência específica 2, 
por estimular a compreensão de conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências 
da Natureza, bem como o domínio de processos, práticas e procedimentos da investigação 
científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas; e a competência es-
pecífica 5, pelo estímulo a construir argumentos com base em dados, evidências e informações 
confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista.
Foto de abertura do capítulo
Na abertura de cada capítulo há uma foto alusiva a algo que nele é tratado.  
Com essa foto, instiga-se a curiosidade do estudante, que, interessado no assunto, pode 
ter um aprendizado mais efetivo.
A contextualização e/ou problematização envolvendo a imagem de abertura 
auxilia no desenvolvimento: da competência geral 1, pois estimula os estudantes 
a evocar conhecimentos prévios sobre o mundo e faz uma provocação no sentido 
de que procurem explicar a realidade; da competência geral 2, já que procura des-
pertar a curiosidade intelectual e incitar o desejo de conhecer a abordagem própria 
das Ciências da Natureza; da competência geral 3, na medida em que algumas das 
imagens utilizadas (geralmente fotos) remetem a aspectos artísticos e/ou culturais; 
e da competência geral 8, porque, em determinados casos, aborda aspectos rela-
cionados à saúde. 
As imagens utilizadas nas aberturas de capítulos, de modo geral, auxiliam no 
desenvolvimento da competência específica 3, pois estimulam exercitar a curio –
sidade para fazer perguntas e buscar respostas com base nos conhecimentos das 
Ciências da Natureza.
Nesta edição da obra, houve intenso esforço para alinhá-la do modo mais completo possível 
às diretrizes da BNCC. As diferenças no trabalho a ser realizado com as competências gerais e 
as competências específicas e as habilidades de Ciências da Natureza desse documento foram 
elemento norteador de variados aspectos na elaboração dos volumes.
No tocante a esse trabalho com competências expressas na BNCC e sua relação com as se-
ções da obra, alguns comentários nos parecem oportunos e relevantes, sendo apresentados a 
seguir. A articulação entre as competências e as habilidades de Ciências no volume é comentada 
no item Abordagem teórico-metodológica no desenvolvimento de habilidades e competências, na 
segunda parte deste Manual do professor.
CAPÍTULO
UNIDADE D
Atmosfera e hidrosfera10
S5IZTOK/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES
Não somos capazes
de ver o ar, mas
podemos perceber
evidências de que
ele existe. Você é
capaz de listar pelo
menos cinco dessas
evidências?
167
167_188_CNC6_UD_C10_F2_LP_G24.indd 167
Motivação
Objetivo
MoAjudá-lo a entender o que é uma enzima digestória.
Você vai precisar de:
•clara de ovo cozido…

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