Sonetos

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Universidade da Amazônia

Sonetos

de Luís de Camões

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Sonetos
de Luís de Camões

REDONDILHAS

Amor cuja providência (1595 – redondilha 038)
Amor que em meu pensamento (1595 – redondilha 032)
Ana quisestes que fosse (1668 – redondilha 033)
Aquela cativa (1595 – redondilha 106)
Aquele rosto que traz (1595 – redondilha 062)
A verdura amena (1598 redondilha 014)
Baixos e honestos andais (1595 – redondilha 081)
Campo, que te estendes (1598 – redondilha 011)
Campos cheios de prazer (1595 – redondilha 051)
Caterina é mais formosa (1595 – redondilha 060)
Cinco galinhas e meia (1616 – redondilha 101)
Conde, cujo ilustre peito (1595 – redondilha 112)
Corre sem vela e sem leme (1595 – redondilha 117)
Costumadas artes são (1595 – redondilha 071)
Cousa que este corpo não tem (1595 – Redondilha 063)
Cum real de amor (1598 – redondilha 093)
Da lindeza vossa (1595 – redondilha 026)
Dama d’estranho primor (1595 – redondilha 015)
D’Amor e seus danos (1595 – redondilha 105)
De maneira me sucede (1668 – redondilha 056)
Depois de sempre sofrer (1595 – redondilha 031)
Después que Amor me formo (1595 – redondilha 083)
Desque una vez miré (1616 – redondilha 035)
De ver-vos a não vos ver (1595 – redondilha 077)
Dióme Amor tormentos dos (1595 – redondilha 073)
Dotou em vos natureza (1595 – redondilha 007)
Dous tormentos vejo (1616 – redondilhas 004)
É muito pera notar (1595 – redondilha 041)
Eles verdes são (1595 – redondilha 012)
Entre estes penedos (1598 – redondilha 010)
E se a pena não me atiça (1598 – redondilha 085)
Esses alfinetes vão (1595 – redondilha 022)
Este mundo es el camino (1595 – redondilha 115)
Este tempo vão (1595 – redondilha 002)
Eu, pera levar a palma (1668 – redondilha 091)
Eu sou boa testemunha (l595 – redondilha 013)
Falsos loores os dán (1595 – redondilha 048)
Foi a Esperança julgada (1595 – redondilha 065)
Ja’gora certo conheço (1598 – redondilha 088)
Juravas-me que outras cabras (1598 – redondilha 057)
Leva na cabeça o pote (1668 – redondilha 053)
Madre. si me fuere (1595 – redondilha – 089)
Menina mais que na idade (1595 – redondilha 040)
Mi corazón me han robado (1595 – redondilha 068)

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Mi nueva y dulce querella (1595 – redondilha 069)
N’alma uma só ferida (1598 – redondilha 086)
Não posso chegar ao cabo (1616 – redondilha 100)
Não sabendo Amor curar (1595 – redondilha 043)
Não sei quem assola (1598 – redondilha 019)
Não vos guardei, quando vinha (1668 – redondilha 055)
Ninguém vos pode tirar (1616 – redondilha 008)
Nos seus olhos belos (1616 – redondilha 005)
Nua casada fui pôr (1595 – redondilha 064)
Nunca em prazeres passados (1668 – redondilha 084)
Nunca o prazer se conhece (1595 – redondilha 029)
O coração invejoso (1595 – redondilha 066)
Olhai que dura sentença (1595 – redondilha 042)
Os bons vi sempre passar (1598 – redondilha 116)
Os gostos, que tantas dores (1598 – redondilha 082)
Os privilégios que os reis (1595 – redondilha 052)
Para evitar dias maus (1860 – redondilha 049)
Peço-vos que me digais (1595 – redondilha 020)
Pelo meu apartamento (1616 – redondilha 024)
Para quem vos soube olhar (1595 – redondilha 072)
Perdigão, que o pensamento (1598 – redondilha 092)
Pois a tantas perdições (1598 – redondilha 027)
Pois onde te hão-de falar? (1616 – redondilha 103)
Pois o ver-vos tenho em mais (1595 – redondilha 045)
Por cousa tão pouca (1595 – redondilha 017)
Posible es a mi cuidado (1595 – redondilha 059)
Posto o pensamento nele (1616 – redondilha 054)
Pues me distes tal herida (1668 – redondilha 030)
Quando me quer enganar (1595 – redondilha 023)
Quando vos eu via (1595 – redondilha 003)
Que diabo há tão danado (1616 – redondilha 109)
Quem no mundo quiser ser (1595 – redondilha 108)
Quem põe suas confianças (1616 – redondilha 036)
Quem quer que viu, ou que leu (1595 – redondilha 099)
Quem tão mal vos empregou (1595 – redondilha 079)
Quem viveu sempre num ser (1595 – redondilha 080)
Querendo Amor esconder-vos (1668 – redondilha 039)
Querendo escrever um dia (1595 – redondilha 006)
Quererdes profano Amor (1595 – redondilha 107)
Reinando Amor em dous peitos (1595 redondilha 090)
Se de dó vestida andais (1595 – redondilha 061)
Se derivais de verdade (1595 – redondilha 018)
Se de saudade (1595 – redondilha 021)
Se desejos fui já ter (1595 – redondilha 076)
Se me for e vos deixar (1598 – redondilha 087)
Se na alma e no pensamento (1598 – redondilha 097)
Se não quereis padecer (1595 – redondilha 113)
Se só no ser puramente (1595 – redondilha 034)
Se trocar desejo (1595 – redondilha 025)
Se vos quereis embarcar (1668 – redondilha 050)

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Sem olhos vi o mal claro (1598 – redondilha 098)
Sendo os restos envidados (1595 – redondilha 114)
Senhora, se eu alcançasse (1595 – redondilha 001)
Sepa quién padece (1616 – redondilha 095)
Sôbolos rios que vôo (1595 – redondilha 118)
Só porque é rapaz ruim (1598 – redondilha 094)
Suspeitas que me quereis (1595 – redondilha 016)
Tanto maiores tormentos (1595 – redondilha 028)
Tem tal jurdição Amor (1595 – redondilha 046)
Tenho-me persuadido (1595 – redondilha 070)
Tiempo perdido es aquel (1595 – redondilha 047)
Todo o trabalhado bem (1595 – redondilha 044)
Trataram-me com cautela (1595 – redondilha 075)
Tudo tendes singular (1616 – redondilha 009)
Uma Dama, de malvada (1595 – redondilha 067)
Uma diz que me quer bem (1595 – redondilha 078)
Ved que enganos señorea (1595 – redondilha 058)
Vêm-se rosas e boninas (1616 – redondilha 104)
Vendo amor que, com vos ver (redondilha 037)
Vi-o moço o pequenino (1595 – redondilha 074)
Viver eu, sendo mortal (1595 – redondilha 111)
Vossa Senhoria creia (redondilha 110)
[Vós] sois uma Dama (1668 – redondilha 096)
—Vuelve acá, no estês pasmado (1616 – redondilha 102)

38.
Glosa

a este moto alheio:
Sem vós e com meu cuidado
olhai com quem, e sem quem.

Amor, cuja providência
foi sempre que não errasse,
porque n’alma vos levasse,
respeitando o mal de ausência
quis que em vós me transformasse.
E vendo-me ir maltratado,
eu e meu cuidado sós,
proveio nisso, de atentado,
por não me ausentar de vós,
sem vós e com meu cuidado.

Mas est’alma que eu trazia
porque vós nela morais,
deixa-me cego, e sem guia;
que há por melhor companhia
ficar onde vós ficais.
Assim me vou de meu bem

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onde quer a forte estrela,
sem alma, que em si vos tem,
co mal de viver sem ela:
olhai com quem, e sem que

32.
Glosa

a este moto seu (acróstico):
A morte, pois que sou vosso,
não na quero, mas se vem,
[h]a-de ser todo meu bem.

Amor, que em meu pensamento
com tanta fé se fundou,
me tem dado um regimento
que, quando vir meu tormento,
me salve com cujo sou.
E com esta defensão,
com que tudo vencer posso,
diz a causa ao coração:
não tem em mim jurdição
A morte, pois que sou vosso.

Por experimentar um dia
Amor se me achava forte
nesta fé, como dizia,
me convidou com a morte,
só por ver se a tomaria.
E, como ele seja a cousa
onde está todo o meu bem,
respondi-lhe (como quem
quer dizer mais, e não ousa):
não na quero, mas se vem…

Não disse mais, porque então
entendeu quanto me toca;
e se tinha dito o não,
muitas vezes diz a boca
o que nega o coração.
Toda a cousa defendida
em mais estima se tem:
por isso é cousa sabida
que perder por vós a vida
[h]a-de ser todo meu bem.

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33.
A B C em motos

AAAA

Ana quisestes que fosse
o vosso nome da pia,
para mor minha agonia.
Apeles, se fora vivo
e a ver-vos alcançara,
por vós retratos tirara.
Aquiles morreu no templo,
contemplando de giolhos;
eu, quando vejo esses olhos.
Artemisa sepultou
a seu irmão e marido;
vós a mim, e a meu sentido.

B

Bem vejo que sois, Senhora,
extremo de formosura,
para minha sepultura.

CC

Cleópatra se matou
vendo morto a seu amante;
e eu por vós, em ser constante.
Cassandra disse de Tróia
que…

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