Uma Vida Pequena

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Tradução de
Roberto Muggiati
1ª edição
2016

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Y22u
Yanagihara, Hanya
Uma vida pequena [recurso eletrônico] / Hanya Yanagihara ; tradução
Roberto Muggiati. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Record, 2016.
recurso digital
Tradução de: A little life
Formato: epub
Requisitos do sistema: adobe digital editions
Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-85-01-07569-7 (recurso eletrônico)
1. Ficção americana. 2. Livros eletrônicos. I. Muggiati, Roberto. II.
Título.
16-32507
CDD: 813
CDU: 821.111(73)-3
Título original: A Little Life
Copyright © Hanya Yanagihara, 2015
Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através
de quaisquer meios. Os direitos morais da autora foram assegurados.
Capa adaptada da original de Cardon Webb.
Imagem de capa: Orgasmic Man by Peter Hujar © 1987 The Peter Hujar
Archive LLC. Cortesia Pace/MacGill Gallery, Nova York, e Fraenkel Gallery,
São Francisco.
Editoração eletrônica da vesão impressa: Abreu’s System
Direitos exclusivos de publicação em língua portuguesa somente para o Brasil
adquiridos pela

EDITORA RECORD LTDA.
Rua Argentina, 171 – Rio de Janeiro, RJ – 20921-380 – Tel.: (21) 2585-2000, que
se reserva a propriedade literária desta tradução.
Produzido no Brasil
ISBN 978-85-01-07569-7
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[email protected] ou (21) 2585-2002.

Para Jared Hohlt
meu amigo, com amor

Sumário
I
LISPENARD
STREET
II
O PÓS-
HOMEM
III VAIDADES
IV
O AXIOMA
DA
IGUALDADE
V
OS ANOS

FELIZES
VI
CARO
CAMARADA
VII
LISPENARD
STREET

[ I ]
Lispenard Street

1
O DÉCIMO PRIMEIRO APARTAMENTO só tinha um armário, mas tinha
uma porta de correr de vidro que dava para uma pequena sacada, da qual ele
podia ver um homem sentado do outro lado da rua, ao ar livre, apenas de
camiseta e short embora fosse outubro, fumando. Willem ergueu a mão para
cumprimentá-lo, mas o homem não acenou de volta.
No quarto, Jude sanfonava a porta do armário, abrindo e fechando, quando
Willem entrou.
– Só tem um armário – falou.
– Tudo bem – disse Willem. – Eu não tenho nada para guardar mesmo.
– Nem eu. – Sorriram um para o outro. A corretora foi ao encontro deles. –
Vamos ficar – disse Jude.
De volta ao escritório da corretora, foram informados de que não poderiam
alugar o apartamento.
– Por que não? – perguntou Jude.
– Vocês não ganham o suficiente para cobrir seis meses de aluguel e não têm
poupança – disse a corretora, subitamente ríspida. Ela verificara o crédito e a
conta bancária deles e tinha concluído que devia haver algo de errado com dois
homens na casa dos vinte anos, que não eram um casal, tentando alugar um
apartamento de um quarto num trecho sem graça (mas mesmo assim caro) da
rua 25. – Vocês têm alguém que possa ser seu avalista? Um empregador? Pais?
– Nossos pais já morreram – disse Willem rapidamente.
A corretora suspirou.
– Então sugiro que diminuam suas expectativas. Ninguém responsável por um
edifício bem-administrado vai alugar para candidatos com o perfil financeiro de

vocês.
Ela se levantou com um ar conclusivo e olhou fixamente para a porta.
Quando contaram o episódio a JB e Malcolm, eles o transformaram numa
piada: o piso do apartamento estava cheio de cocô de rato, o homem do
apartamento em frente quase havia tirado a roupa toda, a corretora ficara
transtornada porque estava flertando com Willem e ele não havia correspondido.
– E quem quer morar na 25 com a Segunda Avenida, no fim das contas? –
perguntou JB.
Estavam no Pho Viet Huong, em Chinatown, onde se encontravam duas vezes
por mês para jantar. O Pho Viet Huong não era grande coisa – o pho era
curiosamente açucarado, o suco de limão tinha gosto de sabão e pelo menos um
deles passava mal depois de cada refeição –, mas não deixavam de frequentá-lo,
tanto por hábito como por necessidade. Dava para tomar uma tigela de sopa ou
comer um sanduíche no Pho Viet Huong por cinco dólares, ou comer um prato
principal que custava entre oito e dez dólares, mas era muito maior, e…

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